Com o aumento da expectativa de vida da população brasileira, surge uma série de alterações próprias do envelhecimento humano. Dentre elas está a tendência de queda dos níveis dos hormônios masculinos conforme o aumento da idade, principalmente a partir da terceira década de vida.
Esta redução nos níveis de andrógenos masculinos causa alterações que variam individualmente quanto ao seu início, rapidez de progressão e gravidade de apresentação. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, esta síndrome é chamada de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM).
O diagnóstico da DAEM é de certa forma desafiador, já que depende de sintomas clínicos inespecíficos e de um baixo nível de testosterona sérica, nível este ainda não muito bem estabelecido. A disfunção erétil é a causa mais frequente de consulta médica destes pacientes; na população idosa hígida esta queixa se relaciona com o grau de deficiência androgênica.
A manifestação clínica varia individualmente sua intensidade de progressão, forma e grau, podendo apresentar, principalmente, alterações das funções sexuais como a diminuição da libido, queda da função erétil e perda das ereções noturnas.
Além disso, o paciente pode apresentar perda de motivação, alteração do humor, queda da atividade intelectual, queda do sentimento de bem estar, exaustão física, depressão, irritabilidade, dor muscular, hiperidrose, alteração do sono, diminuição da massa muscular, aumento da gordura corporal, diminuição de pelos, redução da densidade mineral óssea, osteopenia e osteoporose.
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Dr. João Juveniz
Médico Urologista
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